terça-feira, 12 de fevereiro de 2013




Programa levará água potável para mais de dez mil famílias do Amazonas
Data: 08/02/2013 23:18
Por Redação TN / Portal Brasil


Em 2013, Ano Internacional para a Cooperação pela Água — definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) — o governo do Amazonas inicia o trabalho que viabilizará água potável para mais de dez mil famílias do interior do estado. A ação faz parte do Programa Água para Todos no Amazonas, com valor de R$ 44 milhões aprovado pelo Ministério da Integração Nacional em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).

O programa segue a diretriz do Plano Brasil Sem Miséria e tem por objetivo promover o acesso à água a famílias rurais do Amazonas que vivem em áreas sujeitas ao isolamento durante o período da seca, além de realizar a busca ativa de famílias que vivem com renda per capita mensal de até R$ 140,00, visando sua inclusão em serviços públicos.

Desde a segunda quinzena de janeiro, as equipes técnicas formadas por 146 profissionais contratados nos municípios começaram a implantação dos Comitês Municipais, Comissões Comunitárias e cadastro dos beneficiados nos 16 municípios que serão contemplados pelo programa. Composto por moradores da região, os comitês são responsáveis por indicar as áreas onde estão localizadas as comunidades a serem atendidas. Já as comissões, terão por função indicar a família da comunidade a ser beneficiada.

Ao todo, serão alcançadas 50,5 mil pessoas de 404 comunidades. “O projeto é mais uma solução sustentável para as populações do interior, levando água potável como via de inclusão social”, ressalta a titular da SDS, Nádia Ferreira.

A qualidade da água é um dos focos de atenção do programa, segundo o coordenador Luiz Andrade. “Ressaltamos a necessidade das comunidades em ter água de qualidade. Em nosso estado temos a maior bacia de água doce do planeta, entretanto, nem sempre significa ter água potável. As pessoas que moram nas margens dos rios e lagos sabem que em determinadas épocas do ano a água fica imprópria para o consumo humano. Esse programa visa, acima de tudo, levar água potável para as famílias do interior porque tem como foco a área rural”, disse.

Área de abrangência

O projeto será executado nas calhas dos rios Purus, Solimões, Negro e Amazonas, abrangendo os municípios de Beruri, Boca do Acre, Tapauá, Canutama, Lábrea, Pauini, Anamã, Anori, Caapiranga, Manacapuru, Manaquiri, Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Careiro e Itacoatiara, com a instalação de 10,1 mil sistemas de captação domiciliar e 404 sistemas de captação coletiva, além da substituição de mais de duas mil coberturas de palha por alumínio. A previsão para execução corresponde ao período de 2013 e 2014.



FAO quer promover agrofloresta para combater fome e pobreza

Data: 08/02/2013 23:36
Por Redação TN / Edgard Júnior, Rádio ONU


A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou na última terça-feira (5/2) que milhões de pessoas em todo o mundo podem escapar da fome, da pobreza e da degradação ambiental. Segundo a FAO, isso será possível se os países se esforçarem para promover a agrofloresta, um sistema que une árvores, plantações e a criação de animais. A agência da ONU informou que o setor agroflorestal serve de fonte para vários tipos de commodities, que incluem madeira, frutas e carnes até café e borracha. No novo relatório, a FAO mostra como a agrofloresta pode ser integrada na estratégia nacional dos governos e como as políticas podem ser ajustadas para condições específicas.
O setor está apresentando novas oportunidades, como por exemplo, o miombo, área de florestas que cobre 3 milhões de quilômetros quadrados em 11 países do centro, leste e oeste da África. Aproximadamente 100 milhões de pessoas que vivem nessa região, incluindo Angola e Moçambique, poderiam ser beneficiadas com a iniciativa.
Segundo a FAO, os agricultores que plantarem árvores em suas terras devem ser recompensados financeiramente por serviços ao ecossistema. Esses incentivos podem ser em forma de doações, redução de impostos, ajuda em crédito ou no desenvolvimento de infraestrutura. O relatório mostra que a Costa Rica serve de modelo do agrofloresta. O país criou uma lei, em 1996, que estabeleceu um fundo de financiamento florestal. Esse fundo combina investimentos em plantações, árvores e criação de gado.

Nos últimos oito anos, mais de 10 mil contratos foram concedidos a vários  sistemas de agroflorestas, que resultaram no plantio de mais de 3,5 milhões de árvores em fazendas.